sábado, 24 de abril de 2010

Mas, se eu tivesse ficado teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio. Quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido. Melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia, qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.



(Ingrid Cristina L. de Paula).

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